O Retorno de Beyoncé em "Life Is But a Dream"


Você está pronto para viver o sonho de Beyoncé Knowles?

Por Yuri Girardi

Foi ao ar ontem, na HBO, o novo documentário daquela que arrasta multidões por onde passa, Beyoncé. Intitulado “Life Is But a Dream”, a cantora abriu o livro da sua vida para o mundo, mostrando todas as suas fraquezas e sentimentos, expondo sua família e respondendo a diversas polemicas que cercaram a cantora nos últimos anos.

Em um documentário cheio de imagens de arquivo pessoal, dirigido de uma forma a se tornar quase como um diário pessoal, Beyoncé nos torna intimo de suas angustias diárias e nos mostra que artistas são tão seres humanos quanto nós. Muitas vezes olhamos aquelas figuras imponentes, que inspiram pessoas e gerações, e esquecemos que são de carne e osso como nós, e que em suas vidas também existem problemas diários familiares, de trabalho, saúde etc.


Tão verdadeira como nunca, sem deixar parecer artificial, somos colocados nos bastidores das gravações do “4”, clipes, performances, festivais e tudo mais. Mais que isso, somos apresentados a uma nova Beyoncé, que agora controla seus negócios, que administra família, que é mãe, mulher, filha e profissional. 



O documentário também responde muitos questionamentos, como o lançamento de “4”, que causou um grande burburinho sobre o tipo de música mais ousado que a Beyoncé resolveu fazer. Muitos firmavam que o álbum não faria sucesso, que as músicas eram estranhas, mas nada que afetasse aos fãs, muito menos à própria Beyoncé. Quem assistiu ao documentário pode perceber que o álbum foi o primeiro após o rompimento comercial com seu pai, que até então agenciava sua carreira. Como toda mulher, Bey precisava cuidar de seus próprios negócios agora, e para ela nesse momento entravam questionamentos como: “Que rumo darei à minha carreira agora?”.

Beyoncé optou por fazer o que gosta da melhor maneira, escrever e cantar músicas que lidavam com seus sentimentos: amor, dúvida, raiva, coragem. Tudo isso podemos encontrar nas canções mais R&B do que nunca, presentes no álbum de forma limpa. “4” se resume à Beyoncé sua banda e seus sentimentos, nada a mais. Ela foi de contra a maré fonográfica da época, mantendo seu estilo, fazendo música que ela gosta, para quem a admira, sem pensar em tocar o mundo, o que acaba sendo inevitável se tratando de Beyoncé.

Um dos momentos mais marcantes do documentário foi, sem sombra de dúvidas, a parte em que ela expõe ao mundo o seu aborto espontâneo. B’ diz ter procurado auxílio na música para superar esse trauma, e foi daí que saiu uma das músicas mais tristes e fúnebres que ela já gravou em sua vida, Heartbeat.



Após muitos dramas, o documentário toma uma guinada incrível a partir do momento em que Beyoncé descobre que está grávida novamente e precisa lidar com isso, guardando em segredo durante um tempo. O que espanta é que ela leva sua vida normalmente e mesmo grávida gravou clipes e apresentações para TV sem diminuir o ritmo das performances. Naquela altura do campeonato, os boatos sobre sua gravidez já eram cada vez mais fortes.

Talvez inspirada pro sua gravidez, Beyoncé tenha se conectado de forma tão criativa ao seu momento, dando origem a performances tão trabalhosas como que a consagrou como artista do milênio no Billboard Awards e a performance de “Love On Top” no VMA, quando anunciou ao mundo a vinda do seu bebê.

Blue Ivy rouba a cena nos momentos finais do documentário, quando Beyoncé nos apresenta à sua família, depois de um turbilhão de emoções e correria envolvendo sua gravidez e seu trabalho. Mais madura que nunca, com depoimentos sinceros, Bey diz sentir o calor de Deus quando vê sua filha, seu marido, sua família e tudo o que conquistou até agora. Ela agora não precisa mais de Sasha Fierce, ela se encontrou no espaço e isso fica evidente na mudança de postura nas performances do show no Revel, que são intercaladas no documentário.



Essa mudança também esteve presente em sua recente apresentação no intervalo do Super Bowl, não presente neste documentário, mas citado em sua entrevista com Oprah, que caracteriza uma reafirmação de que Beyoncé, sem dúvidas, é um ícone da música internacional.

Em uma performance poderosa, em 12 minutos de tirar o fogo, ela mostrou porque é uma super mulher, com uma legião de fãs. Ela dominou a apresentação com alguns poucos recursos visuais, que quase nem foram notados diante da sua presença. Beyoncé é o show, todos os holofotes estão nela, sua voz e seu movimento a caracterizam como uma das maiores artistas da atualidade, fazendo uma das melhores performances desde Prince. Se para Beyoncé a vida é apenas um sonho, temos que combinar que ela sonha bem bonito!












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