Um dos melhores artistas brasileiros, Wilson Simonal, completaria nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, 74 anos. Figura emblemática do mundo artístico, ele foi protagonista de um dos maiores casos de boicote que já se ouviu falar na história da Música Popular Brasileira.
Do paraíso ao inferno, Simonal viveu de tudo um pouco. Como um dos melhores intérpretes que o Brasil já conheceu, ele moveu multidões com sua voz , malandragem única, e canções eternizadas por seu talento como: " Meu Limão Meu Limoeiro", "Sá Marina", "Nem Vem Que Não Tem, "País Tropical", Zazueira"; que lhes renderam prestígio, sucesso e um legado que viraria um "arquivo morto", no que dependesse daqueles que boicotaram sua carreira promissora e o levaram ao descrédito por aqueles que antes o amavam: O Povo.
Embora, com uma carreira sabotada, Simonal, teve sua história resgata do ponto de vista daqueles que estiveram ao seu lado durante o boicote escancarado por parte da imprensa sensacionalista e a omissão da classe artística, com o filme-documentário Ninguém Sabe o Duro Que Dei, dirigido por Cláudio Manoel (do Casseta & Planeta), Micael Langer e Calvito Leal, lançado em 2009.
O filme que conta com depoimentos de amigos, familiares, e até arqui-inimigos, conta "sem massagem" quem foi Wilson Simonal, nos deixando com um gosto amargo na boca, coração apertado e a certeza de que a dívida do Brasil, para com a memória do inesquecível artista, nunca será saldada.
Atualmente, seus filhos, os talentosíssimos Simoninha e Max de Castro, são responsáveis por manter vivo o seu legado ao promover uma das mais belas homenagens que Simonal certamente merece, com o show "Baile do Simonal", que recomendamos àqueles que querem ouvir música de qualidade, tocada por quem entende de verdade.
Simonal é bossa nova, rock, samba, pop e muito soul, com uma pegada de quem tinha Know-how, e que usava seu talento com maestria. E entender a história daquele que é, foi e sempre será, um dos maiores ícones da Black Music nacional, é matéria obrigatória.
"Wilson Simonal acabou condenado ao ostracismo artístico até morrer em 2000 corroído pelo álcool, pela depressão e pelo esquecimento do público."E se você quiser saber mais, sobre a lenda da música brasileira, leia também “Nem Vem Que Não Tem – A Vida e o Veneno de Wilson Simonal” (Globo Livros), biografia escrita pelo jornalista Ricardo Alexandre.
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